Fronteira
Pomãrão - El Granado
Liga a aldeia de Pomarão com o município de
El Granado em Espanha, pela Ponte internacional do Baixo Guadiana construída
sobre o rio Chança, um afluente do rio Guadiana. Foi inaugurada em 26 de
fevereiro de 2009, e veio reduzir a distância por estrada para a povoação
espanhola de El Granado de 140 km para apenas 12 km. Esta zona raiana do
Alentejo e da Andaluzia, é uma zona com pouca população e com uma paisagem
idêntica. No lado de Espanha entramos na região do Andévalo, um amplo
território da província de Huelva, que serve de transição entre a planície
costeira do Baixo Guadiana e as Serras de Aroche e Aracena.Pomarão
Pequena aldeia raiana da freguesia de
Santana de Cambas no concelho de Mértola, distrito de Beja. Tem cerca de 30
habitantes, e fica situada na encosta da margem esquerda do rio Guadiana, junto
à confluência com o rio Chança. A aldeia de Pomarão, foi construída em 1859 pela empresa proprietária da mina de São Domingos a 18 km deste local, para ser o terminal ferroviário e cais de embarque (do qual existem restos) do minério extraído na mina que foi encerrada no início dos anos 70.
Porto
Mineiro de Pomarão
Entre 1859 e 1860, a empresa proprietária
da mina de São Domingos construiu no Pomarão uma povoação, armazéns, depósitos
de mineral, terminal ferroviário e dois cais de embarque, onde atracavam os
navios à vela e a vapores que subiam o Guadiana desde a foz. Dali partiam
carregados com o minério (pirites) que vinha por via-férrea desde a mina de S.
Domingos, para a CUF, no Barreiro, e para Inglaterra. O minério chegava ao porto do Pomarão transportado por uma das primeiras linhas de caminho-de-ferro construídas em Portugal (1858). O movimento do porto era elevado. Em 1864 apresentaram-se no Pomarão 563 navios para embarque de minério. Era considerado porto comercial, fica situado no limite de navegabilidade do Guadiana, com acesso a embarcações até cerca de 4 metros de calado.
Vista de Pomarão já no outro lado da Fronteira
Restos do antigo porto mineiro
El
Granado
Município raiano da província de Huelva, com
cerca 500 habitantes, antiga terra de mineiros, perto ficava localizado a Mina
de Santa Catalina, uma pequena mina de manganês que foi abandonada na década de
40 do século XX.
Aproveitando o rio e seu caráter de
fronteira, antigamente era comum nesta zona de fronteira o contrabando de bens
básicos e escassos para a população.Em homenagem a esta figura, uma rotunda da
vila rotunda exibe uma escultura que representa este indivíduo único e
pitoresco.
A Vila tem como principais locais de
interesse, o património religioso, o museu mineiro e a aldeia ribeirinha de
Puerto de la Laja, antigo porto mineiro.
Puerto
de La Laja
Aldeia ribeirinha situada na margem esquerda
do Rio Guadiana, pertence ao município de El Granado.
Até finais do século XIX,
os seus habitantes exerciam a atividade agrícola, mas a partir daí passou a
ter um papel importante na história mineira de Espanha, quando foi transformada
em porto mineiro associado à exploração das minas de Cabeza del Pasto e de
Herrerías, esta situada nas proximidades de Puebla de Guzmán.
O minério chegava ao porto transportado inicialmente por carros de mula e mais tarde pelo caminho-de-ferro, que terá ficado concluído por volta de 1888.O porto permitia apenas a acostagem de barcos até 2000 toneladas, o embarque de minério era dificultado pelo pequeno calado do rio.
No porto era também desembarcado o carvão e maquinaria para as minas.Das antigas estruturas portuárias ainda se podem ver os depósitos/tremonhas onde o minério era descarregado por basculamento das vagonetas estacionadas na plataforma superior. Outras vagonetas recolhiam o minério na plataforma inferior para o encaminhar para os navios A cobertura dos depósitos já desapareceu, tal como o equipamento para embarque do minério nos navios. Este porto manteve a sua atividade até 1965.
O minério chegava ao porto transportado inicialmente por carros de mula e mais tarde pelo caminho-de-ferro, que terá ficado concluído por volta de 1888.O porto permitia apenas a acostagem de barcos até 2000 toneladas, o embarque de minério era dificultado pelo pequeno calado do rio.
No porto era também desembarcado o carvão e maquinaria para as minas.Das antigas estruturas portuárias ainda se podem ver os depósitos/tremonhas onde o minério era descarregado por basculamento das vagonetas estacionadas na plataforma superior. Outras vagonetas recolhiam o minério na plataforma inferior para o encaminhar para os navios A cobertura dos depósitos já desapareceu, tal como o equipamento para embarque do minério nos navios. Este porto manteve a sua atividade até 1965.
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