Histórias dos refugiados de Barrancos
No verão de 1936, a aldeia
de Barrancos, foi invadida por refugiados espanhóis que escapavam da guerra
civil. Ao contrário de outras zonas do país, as autoridades locais não os
expulsaram, mas tentaram ajudá-los. Ainda hoje há memórias claras da presença
dos refugiados espanhóis, especialmente republicanos, que atravessaram a
fronteira para fugir à guerra civil que devastava o seu país.
A guerra civil de Espanha (1936-1939), que resultou de um golpe militar contra o governo democrático da II República, e terminou com milhares de mortos, transformou-se num conflito à escala internacional, e trespassou a fronteira portuguesa.
Em 1936 Salazar não deu nenhuma ordem específica para pôr do lado de lá da fronteira os fugidos da guerra. Só o fez em 1937, mas antes, ainda que informalmente, havia ordens para tratar as pessoas que chegavam como pessoas que não interessavam, porque eram republicanos e vistos como comunistas. No primeiro ano de guerra, Salazar não se imiscuiu muito. Só mais tarde, quando percebeu que Franco iria ganhar, é que começa a manifestar-se mais. De qualquer forma, logo desde o início, havia um alinhamento com Franco por causa do perigo do comunismo.
No concelho de Barrancos ocorreram dois dos maiores fluxos de refugiados. O Governo português apoiou os nacionalistas e costumava expulsar os refugiados ou entregá-los aos homens de Franco, mas em Barrancos nada disso aconteceu. O tenente Seixas, comandante local da Guarda Fiscal, permitiu a criação de um campo de refugiados que acolhidos nas herdades da Coitadinha (atualmente um alojamento Rural) e das Russianas, onde os fugitivos se abrigaram e receberam assistência. A população local também colaborou de todas as formas possíveis.
O oficial seria mais tarde julgado por desobediência, mas conseguiu salvar cerca de 300 pessoas. Em Oliva de la Frontera no outro lado da fronteira há um memorial de homenagem ao tenente Seixas e ao povo de Barrancos
A partir de determinada altura, os refugiados concentrados naquela zona já eram tantos - cerca de 800 - que o governo, até por pressões internacionais, viu-se obrigado a autorizar o campo. Ainda assim, a fronteira é fechada para tentar estancar o problema e é então que o tenente Seixas decide, à revelia, permitir que continuem a entrar e cria um segundo campo, quilómetros ao lado.
Uma das grandes preocupações de Salazar era o dinheiro que o Estado estava a gastar para alimentar todas aquelas pessoas. Os espanhóis não representavam um perigo. Para ele era, no essencial uma questão de tesouraria.
Até que Salazar percebe que tem de resolver o problema, e decide colocar todos os 1020 refugiados num navio, o Niassa, e fazê-los seguir para Tarragona, que ainda estava nas mãos dos republicanos.
A guerra civil de Espanha (1936-1939), que resultou de um golpe militar contra o governo democrático da II República, e terminou com milhares de mortos, transformou-se num conflito à escala internacional, e trespassou a fronteira portuguesa.
Em 1936 Salazar não deu nenhuma ordem específica para pôr do lado de lá da fronteira os fugidos da guerra. Só o fez em 1937, mas antes, ainda que informalmente, havia ordens para tratar as pessoas que chegavam como pessoas que não interessavam, porque eram republicanos e vistos como comunistas. No primeiro ano de guerra, Salazar não se imiscuiu muito. Só mais tarde, quando percebeu que Franco iria ganhar, é que começa a manifestar-se mais. De qualquer forma, logo desde o início, havia um alinhamento com Franco por causa do perigo do comunismo.
No concelho de Barrancos ocorreram dois dos maiores fluxos de refugiados. O Governo português apoiou os nacionalistas e costumava expulsar os refugiados ou entregá-los aos homens de Franco, mas em Barrancos nada disso aconteceu. O tenente Seixas, comandante local da Guarda Fiscal, permitiu a criação de um campo de refugiados que acolhidos nas herdades da Coitadinha (atualmente um alojamento Rural) e das Russianas, onde os fugitivos se abrigaram e receberam assistência. A população local também colaborou de todas as formas possíveis.
O oficial seria mais tarde julgado por desobediência, mas conseguiu salvar cerca de 300 pessoas. Em Oliva de la Frontera no outro lado da fronteira há um memorial de homenagem ao tenente Seixas e ao povo de Barrancos
A partir de determinada altura, os refugiados concentrados naquela zona já eram tantos - cerca de 800 - que o governo, até por pressões internacionais, viu-se obrigado a autorizar o campo. Ainda assim, a fronteira é fechada para tentar estancar o problema e é então que o tenente Seixas decide, à revelia, permitir que continuem a entrar e cria um segundo campo, quilómetros ao lado.
Uma das grandes preocupações de Salazar era o dinheiro que o Estado estava a gastar para alimentar todas aquelas pessoas. Os espanhóis não representavam um perigo. Para ele era, no essencial uma questão de tesouraria.
Até que Salazar percebe que tem de resolver o problema, e decide colocar todos os 1020 refugiados num navio, o Niassa, e fazê-los seguir para Tarragona, que ainda estava nas mãos dos republicanos.
Herdade da Coitadinha
O monte da Herdade da
Coitadinha, foi recuperado e é atualmente uma unidade de turismo rural com seis
quartos, e um restaurante
Na grande varanda da Casa
do Monte temos ótimas vistas para o Castelo de Noudar.
Contactos/ Reservas 285
950 000 www.parquenoudar.com
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