Localiza-se na freguesia de
Alegrete, no concelho e distrito de Portalegre.
Estrategicamente construído, a 9 km da
linha de fronteira, a uma altitude de 500 metros, foi uma das mais importantes
fortificações do Alto Alentejo raiano, peça fundamental no sistema defensivo da
região na Idade Média.
No século VIII, Alegrete foi conquistada e
ocupada pelos Mouros, que só a abandonariam em 1160 depois de a povoação ser
conquistada por D. Afonso Henriques.
Alegrete acabou por ser formalmente
incorporada na coroa portuguesa, em 1267, mediante o Tratado de Badajoz,
celebrado por D, Afonso X de Castela, e o seu genro D. Afonso III, que ao encontrar a vila bastante dizimada pelas
sucessivas batalhas que nela se tinham travado, iniciou um processo de
reconstrução, que visava a sua reedificação.
Durante os séculos seguintes, Alegrete e o
seu castelo, foram sujeitos a inúmeros ataques. Em 1475, durante o reinado de
D. Afonso V, o castelhano Afonso Monroy conquistou a vila, tendo a mesma sido
retomada dois anos mais tarde pelo então príncipe D. João, futuro D. João II.
Já no período da Guerra da Restauração
(1640-1668), a povoação de Alegrete voltou a estar no centro das atenções,
disponibilizando o seu castelo para a defesa do reino.
Em 1704, durante o reinado de D. Pedro II,
Filipe V de Espanha sitiou Alegrete com um poderoso exército no decurso da
Guerra da Sucessão Espanhola.
Em 1795-1797, a França e a Espanha
iniciaram negociações no sentido de invadir e conquistar Portugal. Declarada a
guerra que ficaria conhecida como Guerra das Laranjas em 1801, Gomes Freire de Andrade
estabeleceu em Alegrete um número considerável de tropas que, por nunca ser
utilizado, ficou conhecido ironicamente como "Os Laranjas".
Em 7 de Dezembro de 1826, durante a guerra
civil que opôs liberais e absolutistas, é em Alegrete que as forças dirigidas
pelo Conde de Vila Flor derrotam as forças que se dirigiam para Vila Viçosa,
sob o comando do brigadeiro Magessy.
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